sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Vivissecção e testes em animais

Primeiramente, eu não sou nenhum tipo de especialista em relação aos testes em animais e vivissecção! Durante a faculdade de enfermagem nós tivemos uma aula pratica da matéria de farmacologia, e nossa sala se dividiu em grupos para abrir ratos com o intuito de conhecer a anatomia desses animais, que é bem semelhante a nossa anatomia humana, (nesse ano o Sr.Fofo ainda não tinha entrado na minha vida) e apesar de ter muita dó de ver aquilo eu tinha uma visão de que era um "mal necessário".
E presenciar aquilo foi bem difícil, apesar da maioria da sala achar que tudo estava sendo muito engraçado e divertido, logo que trouxeram os ratinhos em uma bacia de plastico para receberem o anestésico, todos eles começaram a evacuar, estavam bem assustados e tentando fugir da bacia, mas logo caíram no sono... tudo isso pelo que alguns descreveram como "para o bem da ciência".

Esse foi o ratinho aberto por um dos grupos aquele dia, depois de abertos a professora explicava aonde estava cada órgão e seu funcionamento..... E SÓ!

Mas espera.. era necessário?
Realmente valia o preço de uma vida, sendo que a mesma anatomia poderia ser vista em um dos cadáveres no laboratório de anatomia?
Bem, é claro que foi desnecessário, e tantas outras vezes também são desnecessárias e mesmo assim acontece, pois além de julgarmos todos os outros animais como inferiores a nossa espécie, também perdemos o minimo de respeito pela vida desses seres.

Mas porque? Muitos diriam:
"Porque são só ratos, é praga, é só um animal"

Hoje eu posso falar pois eu tenho um rato! Ele é lindo, especial, tão carinhoso quanto um cachorrinho e tão indefeso quanto um bebê seria, quanto ele está com medo ele me procura, quando ta frio ele sobe na cama e dorme comigo, qual a diferença da vida do meu rato para a vida de uma criança?
Por mais que alguns considerem essa comparação um tanto exagerada, eu acho que é necessária, ao menos parar para pensar a respeito, deixando tudo o que foi nos ensinado de lado e pensar apenas como uma criança que ainda não foi corrompida pela sociedade pensaria!

Porque Hitler foi considerado um monstro da pior espécie por ter feito isso com seres humanos mas quando se faz a mesma coisa com os animais todos acham normal? Antigamente poderia até se dizer que animais não tem consciência, não criam laços emocionais, não sentem dor! Mas pelo amor de DEUS!!! Em pleno século 21 todas essas crenças e mitos já foram desmentidos e sabe se muito bem que animais possuem sim consciência, emoções e o principal: a mesma VONTADE DE VIVER que todos nós temos!

Alguns dizem que é para o "avanço da ciência"...E eu penso que "uma espécie que deseja ser salva por esses meios, não merece ser salva".




"Atrocidades não são atrocidades menores quando ocorrem em laboratórios, ou quando recebem o nome de 'pesquisa médica'." - George Bernard Shaw (Dramaturgo, Nobel 1925)





Mas mesmo deixando toda essa parte sentimental de lado, e esquecendo que eles são iguais a nós, ainda há muitas outras razões para que não seja feito testes em animais. 
Existem 50, mas vou listar aqui as que eu considerei mais relevante:


  1. Pensava-se que fumar não provocava câncer, porque câncer relacionado ao fumo é difícil de ser reproduzido em animais de laboratório. As pessoas continuam fumando e morrendo de câncer. 
  2. Experimentos em ratos, hamsters, porquinhos-da-índia e macacos não revelaram relação entre fibra de vidro e câncer. Não até 1991, quando, após estudos em humanos, a OSHA - Occupational, Safety and Health Administration - os rotulou de cancerígenos.
  3. Muitas pessoas expostas ao amianto morreram, porque cientistas não conseguiram produzir câncer pela exposição da substância em animais de laboratório.
  4. Marca-passos e válvulas para o coração tiveram seu desenvolvimento adiado, devido a diferenças fisiológicas entre humanos e os animais para os quais os aparelhos haviam sido desenhados.
  5. Modelos animais de doenças cardíacas falharam em mostrar que colesterol elevado e dieta rica em gorduras aumentam o risco de doenças coronárias. Em vez de mudar hábitos alimentares para prevenir a doença, as pessoas mantiveram seus estilos de vida com falsa sensação de segurança.
  6. Erroneamente, estudos em animais atestaram que os Bloqueadores Beta não diminuiriam a pressão arterial em humanos, o que evitou o desenvolvimento da substância. Até mesmo os vivisseccionistas admitiram que os modelos de hipertensão em animais falharam nesse ponto. Enquanto isso, milhares de pessoas foram vítimas de derrame.
  7. Transplantes combinados de coração e pulmão também foram "aperfeiçoados" em animais, mas os primeiros três pacientes morreram nos 23 dias subseqüentes à cirurgia. De 28 pacientes operados entre 1981 e 1985, 8 morreram logo após a cirurgia, e 10 desenvolveram Bronquiolite Obliterante , uma complicação pulmonar que os cães submetidos aos experimentos não contraíram. Dos 10, 4 morreram e 3 nunca mais conseguiram viver sem o auxílio de um respirador artificial. Bronquiolite obliterante passou a ser o maior risco da operação.
  8. Experimentos em animais falharam em prever toxidade nos rins do anestésico geral metoxyflurano. Muitas pessoas que receberam o medicamento perderam todas as suas funções renais.
  9. Zelmid, um antidepressivo, foi testado sem incidentes em ratos e cães. A droga provocou sérios problemas neurológicos em humanos.
  10. Nomifensina, um outro antidepressivo, foi associado a insuficiência renal e hepática, anemia e morte em humanos. Testes realizados em animais não apontaram efeitos colaterais.
  11. Clioquinol, um antidiarréico, passou em testes com ratos, gatos, cães e coelhos. Em 1982 foi retirado das prateleiras em todo o mundo após a descoberta de que causa paralisia e cegueira em humanos.
  12. A dose indicada de isoproterenol, medicamento usado para o tratamento de asma, funcionou em animais. Infelizmente, foi tóxico demais para humanos, provocando na Grã-Bretanha a morte de 3500 asmáticos por overdose. Os cientistas ainda encontram dificuldades de reproduzir resultados semelhantes em animais.
  13. Há séculos a planta Digitalis tem sido usada no tratamento de problemas do coração. Entretanto, tentativas clínicas de uso da droga derivada da Digitalis foram adiadas porque a mesma causava pressão alta em animais. Evidências da eficácia do medicamento em humanos acabaram invalidando a pesquisa em cobaias. Como resultado, a digoxina, um análogo da Digitalis, tem salvo inúmeras vidas. Muitas outras pessoas poderiam ter sobrevivido se a droga tivesse sido lançada antes.
  14. Apesar da ineficácia da penicilina em coelhos, Alexander Fleming usou o antibiótico em um paciente muito doente, uma vez que ele não tinha outra forma de experimentar. Se os testes iniciais tivessem sido realizados em porquinhos-da-índia ou em hamsters, as cobaias teriam morrido e talvez a humanidade nunca tivesse se beneficiado da penicilina. Howard Florey, ganhador do Premio Nobel da Paz, como co-descobridor e fabricante da penicilina, afirmou: "Felizmente não tínhamos testes em animais nos anos 40. Caso contrário, talvez nunca tivéssemos conseguido uma licença para o uso da penicilina e, possivelmente, outros antibióticos jamais tivessem sido desenvolvidos.
  15. Pesquisas em animais produziram dados equivocados sobre a rapidez com que o vírus HIV se reproduz. Por causa do erro de informação, pacientes não receberam tratamento imediato e tiveram suas vidas abreviadas.
  16. De acordo com o Dr. Albert Sabin, pesquisas em animais prejudicaram o desenvolvimento da vacina contra o pólio. A primeira vacina contra pólio e contra raiva funcionou bem em animais, mas matou as pessoas que receberam a aplicação.
"Tempo, dinheiro e recursos humanos devotados aos experimentos com animais poderiam ter sido investidos em pesquisas com base em humanos. Estudos clínicos, pesquisas in-vitro, autópsias, acompanhamento da droga após o lançamento no mercado, modelos computadorizados e pesquisas em genética e epidemiologia não apresentam perigo para os seres humanos e propiciam resultados precisos.


Importante salientar que experiências em animais têm exaurido recursos que poderiam ter sido dedicados à educação do público sobre perigos para a saúde e como preservá-la, diminuindo assim a incidência de doenças que requerem tratamento.

Experimentação Animal não faz sentido. A prevenção de doenças e o lançamento de terapias eficazes para seres humanos está na ciência que tem como base os seres humanos."

VIA: pea.org.br

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